Scielo RSS <![CDATA[Revista Oficial del Poder Judicial]]> http://www.scielo.org.pe/rss.php?pid=2663-913020240002&lang=en vol. 16 num. 22 lang. en <![CDATA[SciELO Logo]]> http://www.scielo.org.pe/img/en/fbpelogp.gif http://www.scielo.org.pe <![CDATA[Theoretical framework of the Preliminary Title in the Peruvian Civil Code: A comparative law approach]]> http://www.scielo.org.pe/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2663-91302024000200023&lng=en&nrm=iso&tlng=en RESUMEN El Título preliminar de los códigos civiles es una pieza clave en el derecho comparado, pues ofrece las directrices esenciales para la interpretación y la aplicación de las normas. Aunque su regulación clásica ha mostrado cierta eficacia frente a las nuevas realidades jurídicas, económicas y tecnológicas, sigue siendo fundamental para mantener la coherencia del sistema legal. Este artículo busca proponer un marco teórico integral para el análisis del Título preliminar del Código Civil peruano, con el cual se cubre una carencia identificada en la doctrina jurídica nacional y se resalta su función estructural y normativa dentro del sistema jurídico, al establecer los principios rectores que orientan la interpretación y la aplicación del derecho civil. A través de un análisis detallado y un enfoque comparatista, se revaloriza la importancia del Título preliminar en la prevención y la resolución de conflictos sociales, la promoción de la justicia y el respeto al Estado de derecho. En resumen, se subraya su función como pilar para la regulación de las relaciones privadas y públicas, así como su influencia en todo el ordenamiento jurídico, lo que reafirma su vocación constitucional.<hr/>ABSTRACT The Preliminary Title of Civil Codes is a cornerstone in comparative law, as it provides essential guidelines for the interpretation and application of legal norms. Although its classical regulation has demonstrated a degree of effectiveness in addressing new legal, economic, and technological realities, it remains crucial for maintaining the coherence of the legal system. This article aims to propose a comprehensive theoretical framework for analyzing the Preliminary Title of the Peruvian Civil Code, addressing a gap identified in national legal doctrine and highlighting its structural and normative role within the legal system by establishing the guiding principles for interpreting and applying civil law. Through a detailed analysis and a comparative approach, the article underscores the importance of the Preliminary Title in preventing and resolving social conflicts, promoting justice, and upholding the rule of law. In summary, it emphasizes its role as a pillar for regulating private and public relationships and its influence across the entire legal system, reaffirming its constitutional vocation.<hr/>RESUMO O Título Preliminar dos Códigos Civis é uma peça fundamental do direito comparado, pois fornece as diretrizes essenciais para a interpretação e aplicação das regras. Embora sua regulamentação clássica tenha demonstrado alguma eficácia diante das novas realidades jurídicas, econômicas e tecnológicas, ela continua sendo essencial para manter a coerência do sistema jurídico. Este artigo busca propor uma estrutura teórica abrangente para a análise do Título Preliminar do Código Civil peruano, que preenche uma lacuna identificada na doutrina jurídica nacional e destaca sua função estrutural e normativa dentro do sistema jurídico ao estabelecer os princípios orientadores que guiam a interpretação e a aplicação do direito civil. Por meio de uma análise detalhada e de uma abordagem comparativa, é reavaliada a importância do Título Preliminar na prevenção e resolução de conflitos sociais, na promoção da justiça e no respeito ao Estado de direito. Em suma, destaca-se sua função de pilar para a regulação das relações privadas e públicas, bem como sua influência em todo o sistema jurídico, o que reafirma sua vocação constitucional. <![CDATA[Reference networks and their relevance for managing judicial precedent knowledge in Mexico]]> http://www.scielo.org.pe/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2663-91302024000200053&lng=en&nrm=iso&tlng=en RESUMEN La administración efectiva del conocimiento en las redes de citación jurídica es indispensable en la práctica moderna del derecho, toda vez que habilita una aplicación más coherente y justa del precedente judicial, facilita la toma de decisiones informadas y respalda la evolución continua del derecho bajo un contexto de rápida evolución tecnológica. Las oportunidades para mejorar y revolucionar la práctica jurídica son vastas, a medida que avanzamos hacia un futuro cada vez más digitalizado, la habilidad para gestionar y utilizar efectivamente el conocimiento jurídico será cada vez más valiosa, no solo para los operadores jurídicos, sino para la integridad y la eficacia del sistema de justicia.<hr/>ABSTRACT Effective knowledge management within legal reference networks is essential in modern legal practice, as it enables a more consistent and fair application of judicial precedent, facilitates informed decision-making, and supports the continuous evolution of law within a rapidly advancing technological context. Opportunities to enhance and revolutionize legal practice are vast; as we move toward an increasingly digitalized future, the ability to manage and utilize legal knowledge effectively will become ever more valuable, not only for legal practitioners but also for the integrity and efficacy of the justice system.<hr/>RESUMO O gerenciamento eficaz do conhecimento em redes de citação legal é indispensável na prática moderna do direito, pois permite uma aplicação mais consistente e justa do precedente judicial, facilita a tomada de decisões informadas e apoia a evolução contínua do direito em um contexto de tecnologia em rápida evolução. As oportunidades de aprimorar e revolucionar a prática jurídica são vastas. À medida que avançamos em direção a um futuro cada vez mais digitalizado, a capacidade de gerenciar e usar o conhecimento jurídico de forma eficaz se tornará cada vez mais valiosa, não apenas para os profissionais do direito, mas também para a integridade e a eficácia do sistema de justiça. <![CDATA[Impeachment: towards the juridization of “constitutional offense law” and the identification of “constitutional types”]]> http://www.scielo.org.pe/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2663-91302024000200079&lng=en&nrm=iso&tlng=en RESUMEN El presente artículo tiene como propósito analizar la figura del juicio político regulada en la Constitución del Perú de 1993 y desarrollada por la posterior jurisprudencia del Tribunal Constitucional. Sostenemos que la Constitución ha previsto las conductas infractoras y, en ese sentido, identificamos específicamente las infracciones a la Constitución que pueden dar lugar a una sanción, a las cuales denominamos como «tipos constitucionales». Se afirma que el juicio es político por la naturaleza del órgano que lo lleva a cabo. Sin embargo, ello no implica que se pueda resolver con criterios meramente políticos; más bien, se debe a que las exigencias propias del Estado democrático exigen el respeto por principios como la legalidad o el debido proceso. La infracción de la Constitución solo puede ser sancionada cuando un alto funcionario del Estado incurre en aquello que se encuentra constitucionalmente prohibido u omite realizar lo que se encuentra constitucionalmente ordenado, ya que las disposiciones constitucionales no pueden interpretarse como normas meramente programáticas o simples recomendaciones. En conclusión, resulta indispensable juridizar el derecho constitucional sancionador, cuyo núcleo se construye en torno a los «tipos constitucionales» identificados y a la responsabilidad de los altos funcionarios del Estado, lo que la Defensoría del Pueblo denominará «dolo inconstitucional».<hr/>ABSTRACT The purpose of this article is to analyze the figure of impeachment regulated in the Constitution of Peru of 1993 and developed by the subsequent jurisprudence of the Constitutional Court. We maintain that the Constitution has provided for offending conducts and in that order we identify, specifically, the types of constitutional offense that can give rise to a sanction, which we call the “constitutional types”. For this reason, we state that the trial is political due to the nature of the organ that carries it out, but not because it can be resolved with merely political criteria, rather than on the contrary, the demands of the democratic State impose respect for principles such as legality or due process. The violation of the constitution can only be sanctioned when a senior State official acts against what is constitutionally prohibited or fails to act in alignment with what is constitutionally ordered since constitutional provisions cannot be interpreted as merely programmatic norms or simple recommendations. We conclude that it is essential to juridize constitutional offense law, the core of which is built around the identified “constitutional types” along with the responsibility of senior State officials for what the Ombudsman’s Office calls “unconstitutional misconduct”.<hr/>RESUMO O objetivo deste artigo é analisar a figura do julgamento político ou impeachment regulamentada na Constituição do Peru de 1993 e desenvolvida pela posterior jurisprudência do Tribunal Constitucional. Sustentamos que a Constituição dispõe sobre condutas violadoras e, nesse sentido, identificamos especificamente as infraçoes da Constituição que podem dar origem a uma sanção, que denominamos de “tipos constitucionais”. Afirma-se que o julgamento é político pela natureza do órgão que o realiza. Contudo, isto não significa que possa ser resolvido com critérios puramente políticos; isto é, porque as exigências do Estado democrático exigem o respeito por princípios como a legalidade e o devido processo legal. A violação da Constituição só pode ser sancionada quando um alto funcionário do Estado comete algo constitucionalmente proibido ou deixa de cumprir o que está constitucionalmente ordenado, uma vez que as disposições constitucionais não podem ser interpretadas como meras normas programáticas ou simples recomendações. Em conclusão, é fundamental jurisdicionar o direito sancionatório constitucional, cujo núcleo se constrói em torno dos “tipos constitucionais” identificados e da responsabilidade dos altos funcionários do Estado, o que a Defensoria do Povo designará por “dolo inconstitucional”. <![CDATA[Application of overruling in Peruvian law]]> http://www.scielo.org.pe/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2663-91302024000200153&lng=en&nrm=iso&tlng=en RESUMEN La técnica del overruling, por medio de la cual los tribunales pueden apartarse de los precedentes vinculantes y dictaminar nuevos, es una práctica muy importante en el derecho, puesto que permite la adaptabilidad de un ordenamiento jurídico a las exigencias sociales, aunado a la reivindicación frente a errores que pueden cometer las cortes. Es sobre la base de ello que el presente artículo establece como objetivo describir la problemática que afronta la aplicación del overruling en el Perú, para lo cual se realizó un arduo análisis bibliográfico, así como un análisis de aquellos casos en los que se aplicó dicho mecanismo. Se concluye que dicha problemática gira en torno a las razones que sustentan el overruling, los efectos temporales que su aplicación pueda tener y los supuestos para su empleo. Asimismo, se infiere que la aplicación del mencionado mecanismo no atenta contra la independencia judicial y por el contrario favorece a la no petrificación de criterios jurisdiccionales, pues dota a los sistemas judiciales de una constante actualización y seguridad jurídica.<hr/>ABSTRACT The overruling technique, through which courts can deviate from binding precedents and establish new ones, is a highly significant practice in law, as it enables a legal system to adapt to social demands while also addressing errors that courts may have made. Based on this premise, the objective of this article is to describe the challenges faced by the application of overruling in Peru. To achieve this, an extensive bibliographic review was conducted, as well as an analysis of cases in which this mechanism was applied. It is concluded that these challenges revolve around the reasons supporting overruling, the temporal effects its application may have, and the conditions for its use. Furthermore, it is inferred that the application of this mechanism does not undermine judicial independence; on the contrary, it prevents the rigidification of jurisdictional criteria, as it provides judicial systems with constant updates and legal certainty.<hr/>RESUMO A técnica de overruling, por meio da qual os tribunais podem se afastar de precedentes vinculantes e emitir novos precedentes, é uma prática muito importante no direito, pois permite a adaptabilidade de um sistema jurídico às demandas sociais, bem como a defesa contra erros que possam ser cometidos pelos Tribunais. É com base nisso que este artigo se propõe a descrever os problemas enfrentados pela aplicação do overruling no Peru, para o qual foi realizada uma árdua análise bibliográfica, bem como uma análise dos casos em que esse mecanismo foi aplicado. Conclui-se que essa questão gira em torno das razões por trás do overruling, dos efeitos temporários que sua aplicação pode ter e das premissas para seu uso. Da mesma forma, infere-se que a aplicação do referido mecanismo não ameaça a independência judicial e, ao contrário, favorece a não petrificação dos critérios jurisdicionais, pois proporciona aos sistemas judiciais atualização constante e segurança jurídica. <![CDATA[The scope of the common good in Peruvian constitutional jurisprudence: An examination of compatibility between John Finnis’s contributions and the Peruvian Constitutional Court]]> http://www.scielo.org.pe/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2663-91302024000200173&lng=en&nrm=iso&tlng=en RESUMEN La presente investigación busca examinar si la idea de bien común desarrollada en la jurisprudencia del Tribunal Constitucional peruano es compatible con la noción de «bien común» de John Finnis. Como punto de partida, a través de una revisión axiológica, estableceremos cuál es el concepto de bien común de Finnis, quien, a partir de una relectura de los postulados aristotélico-tomistas, ofrece una visión amplia del asunto con claras concreciones en el comportamiento práctico político y jurídico. Luego, nos centraremos en una revisión dogmática del concepto de bien común político y sus relaciones más relevantes a partir de los alcances de la jurisprudencia constitucional peruana; y terminaremos evaluando si es posible establecer la compatibilidad de estas dos nociones, con la finalidad de esclarecer y ampliar los postulados jurisprudenciales desde los criterios elaborados por el autor a tratar.<hr/>ABSTRACT This research aims to examine whether the concept of the common good developed in the jurisprudence of the Peruvian Constitutional Court is compatible with John Finnis’s notion of the “common good.” As a starting point, through an axiological review, we will establish Finnis’s concept of the common good, which, based on a reinterpretation of Aristotelian-Thomistic principles, offers a broad perspective on the matter with clear applications in political and legal practical behavior. We will then focus on a dogmatic review of the concept of the political common good and its most relevant relationships based on the scope of Peruvian constitutional jurisprudence. Finally, we will evaluate whether it is possible to establish compatibility between these two notions, with the aim of clarifying and expanding jurisprudential principles using the criteria developed by the author under analysis.<hr/>RESUMO Esta pesquisa busca examinar se a ideia de bem comum desenvolvida na jurisprudência do Tribunal Constitucional do Peru é compatível com a noção de “bem comum” de John Finnis. Como ponto de partida, por meio de uma revisão axiológica, estabeleceremos o conceito de bem comum de Finnis, que, com base em uma releitura dos postulados aristotélico-tomistas, oferece uma visão ampla da questão com claras concretizações no comportamento prático político e jurídico. Em seguida, nos concentraremos em uma revisão dogmática do conceito de bem comum político e suas relações mais relevantes com base no escopo da jurisprudência constitucional peruana; e terminaremos avaliando se é possível estabelecer a compatibilidade dessas duas noções, com o objetivo de esclarecer e ampliar os postulados jurisprudenciais com base nos critérios desenvolvidos pelo autor em questão. <![CDATA[Limited rationality and judicial cognitive biases: On the duty to judge without cognitive biases]]> http://www.scielo.org.pe/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2663-91302024000200225&lng=en&nrm=iso&tlng=en RESUMEN Este trabajo presenta una aproximación general al problema de la racionalidad de la decisión judicial en un contexto de racionalidad limitada por sesgos; en concreto, pretendemos dar respuesta a la pregunta de si los jueces tienen el deber de juzgar sin sesgos cognitivos. A pesar de la trascendencia práctica de la cuestión, no existen disposiciones jurídicas, o estudios, que expresamente la resuelvan. Sostengo que existe un deber jurídico institucional de diseñar el sistema de justicia que mitigue el riesgo de sesgos cognitivos en las decisiones judiciales; pero los jueces tienen un deber deontológico de implementar medidas para manejar el riesgo de que sus decisiones sean afectadas por estos. Argumento, en primer lugar, que los límites a la racionalidad humana no eliminan la posibilidad de que los jueces adopten decisiones jurídicas racionales, pues la racionalidad es contextual y en el ámbito jurídico es posible delimitar el objeto de la decisión y la información relevante, para demarcar sus variables; las limitaciones al juicio racional provienen, principalmente, del contexto interno, de rasgos del pensamiento humano, entre los que destacan los sesgos cognitivos. En segundo lugar, el derecho a ser juzgado racionalmente fundamenta el deber de los jueces de juzgar racionalmente; sin embargo, de ello no se sigue de forma obligatoria que los jueces tengan el deber de juzgar sin sesgos cognitivos, pues la existencia del deber y su alcance depende de condiciones adicionales. En tercer lugar, que el estado actual del contexto científico y cultural hispanoamericano no permite sostener el deber jurídico de los jueces, individualmente considerados, de implementar medidas de control de sesgos cognitivos; pero sí su deber deontológico. Sí existen las condiciones para afirmar el deber estatal de diseño institucional tendiente al control de sesgos judiciales.<hr/>ABSTRACT This article provides a general approach to the problem of judicial decision-making rationality in a context of limited rationality due to biases; specifically, it seeks to answer the question of whether judges have a duty to adjudicate without cognitive biases. Despite the practical importance of this issue, there are no legal provisions or studies that explicitly address it. I argue that there is an institutional legal duty to design a justice system that mitigates the risk of cognitive biases in judicial decisions; however, judges have a deontological duty to implement measures to manage the risk of their decisions being affected by such biases. I argue, first, that the limitations of human rationality do not preclude the possibility of judges making rational legal decisions, as rationality is contextual, and in the legal domain, it is possible to delimit the subject matter of the decision and the relevant information to define its variables. The limitations to rational judgment primarily stem from internal contexts, particularly from characteristics of human thought, such as cognitive biases. Second, the right to a rationally reasoned judgment underpins the duty of judges to adjudicate rationally; however, this does not necessarily imply that judges are obligated to adjudicate without cognitive biases, as the existence and scope of this duty depend on additional conditions. Third, the current state of the scientific and cultural context in Hispanic America does not support the notion of an individual legal duty for judges to implement measures to control cognitive biases; however, it does support their deontological duty. Furthermore, there are sufficient grounds to assert the state’s duty to engage in institutional design aimed at controlling judicial biases.<hr/>RESUMO Este artigo apresenta uma abordagem geral para o problema da racionalidade da tomada de decisões judiciais em um contexto de racionalidade limitada por vieses; em particular, procuramos responder à questão de saber se os juízes têm o dever de julgar sem vieses cognitivos. Apesar da importância prática da questão, não há disposições jurídicas ou estudos que a abordem expressamente. Defendo que há um dever jurídico institucional de projetar o sistema de justiça para mitigar o risco de vieses cognitivos nas decisões judiciais; mas os juízes têm um dever deontológico de implementar medidas para gerenciar o risco de suas decisões serem afetadas por vieses cognitivos. Argumento, em primeiro lugar, que os limites à racionalidade humana não eliminam a possibilidade de os juízes adotarem decisões jurídicas racionais, uma vez que a racionalidade é contextual e, na esfera jurídica, é possível delimitar o objeto da decisão e as informações relevantes, de modo a demarcar suas variáveis; as limitações ao julgamento racional decorrem principalmente do contexto interno, de características do pensamento humano, dentre as quais se destacam os vieses cognitivos. Em segundo lugar, o direito de ser julgado racionalmente sustenta o dever dos juízes de julgar racionalmente; no entanto, não se segue necessariamente que os juízes tenham o dever de julgar sem vieses cognitivos, pois a existência do dever e seu escopo dependem de condições adicionais. Em terceiro lugar, que o estado atual do contexto científico e cultural hispano-americano não nos permite sustentar o dever jurídico dos juízes, individualmente considerados, de implementar medidas para controlar os vieses cognitivos; mas nos permite sustentar seu dever deontológico. Existem condições para afirmar o dever do Estado de projetar instituições para controlar a parcialidade judicial. <![CDATA[The informality in Peru’s public employment system and the effectiveness of State measures adopted in response]]> http://www.scielo.org.pe/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2663-91302024000200263&lng=en&nrm=iso&tlng=en RESUMEN La informalidad es concebida como un fenómeno social y jurídicamente reprobable atendiendo a que no se ajusta a los estándares de la buena convivencia en la comunidad, y es valorada, desde dicha percepción, como contraria a la racionalidad del mundo occidental; sin embargo, más allá de estas consideraciones no siempre aceptables que implican más un juicio de valor que una realidad objetiva, esta figura es una respuesta diversos contextos a los cuales se enfrentan los ciudadanos, destaca, entre ellos, el que se constituye en un medio de adaptación a las reglas estatales. Ahora bien, normalmente se vincula la figura de la informalidad al sector privado. No obstante, contra todo pronóstico, la informalidad también tiene presencia en el ámbito público con especial incidencia en el espacio de la provisión de personal al interior de las organizaciones jurídico-públicas. Teniendo en cuenta este contexto, el autor se enfoca en analizar las diversas expresiones concretas que, en el ámbito peruano, permiten la identificación de la informalidad considerando que las relaciones jurídicas de personal son el espacio propicio para que el Estado aproveche las prestaciones de servicios en beneficio propio utilizando diversos mecanismos, reprobables jurídicamente, con los cuales pretende desconocer la realidad de una adecuada autoorganización administrativa. Procede a concluir que el Estado peruano es un espacio de convivencia de reglas formales e informales y llegan a identificarse importantes esfuerzos gubernamentales para autolimitar tales prácticas institucionales anómalas.<hr/>ABSTRACT Informality is conceived as a social phenomenon and legally reprehensible, as it does not align with the standards of good coexistence within the community, and is perceived, from this perspective, as contrary to the rationality of the Western world. However, beyond these considerations, which are not always acceptable and involve more of a value judgment than an objective reality, this phenomenon is a response to the various contexts citizens face. Among these, it stands out as a means of adaptation to state rules. Typically, the concept of informality is linked to the private sector. However, against all expectations, informality is also present in the public sphere, particularly in the area of personnel provision within public-law organizations. In this context, the author focuses on analyzing the various concrete expressions that, within the Peruvian context, allow for the identification of informality. This is based on the idea that legal relationships concerning personnel are a key space where the state exploits service provisions for its own benefit using various legally reprehensible mechanisms, with the aim of disregarding the reality of proper administrative self-organization. The author concludes that the Peruvian state is a space where both formal and informal rules coexist, and significant governmental efforts are identified to self-limit such anomalous institutional practices.<hr/>RESUMO A informalidade é concebida como um fenômeno social e juridicamente reprovável por não se adequar aos padrões de boa convivência na comunidade, sendo valorizada, a partir dessa percepção, como contrária à racionalidade do mundo ocidental; no entanto, além dessas considerações nem sempre aceitáveis que implicam mais um juízo de valor do que uma realidade objetiva, essa figura é uma resposta a vários contextos enfrentados pelos cidadãos, inclusive pelo fato de constituir um meio de adaptação às regras do Estado. No entanto, a informalidade geralmente está ligada ao setor privado. Não obstante, contra todas as probabilidades, a informalidade também está presente na esfera pública, com uma incidência particular na área de fornecimento de pessoal em organizações públicas legais. Levando em conta esse contexto, o autor se concentra em analisar as diferentes expressões concretas que, no contexto peruano, permitem identificar a informalidade, considerando que as relações jurídicas de pessoal são um espaço propício para que o Estado se aproveite da prestação de serviços em seu próprio benefício, utilizando diferentes mecanismos, juridicamente condenáveis, com os quais pretende ignorar a realidade de uma adequada auto-organização administrativa. Em seguida, conclui-se que o Estado peruano é um espaço de coexistência de regras formais e informais, e que são identificados importantes esforços governamentais para autolimitar essas práticas institucionais anômalas. <![CDATA[The definition of a public official in criminal law]]> http://www.scielo.org.pe/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2663-91302024000200293&lng=en&nrm=iso&tlng=en RESUMEN El presente artículo aborda el tema del concepto de funcionario público en el derecho penal, cuyo contenido y alcance constituye uno de los temas centrales de las legislaciones contemporáneas. La dogmática penal moderna ha logrado el desarrollo de un concepto penal de funcionario público autónomo, el cual no se limita a los parámetros del derecho administrativo laboral y que, en el Perú, se ha plasmado en el artículo 425 del Código Penal. Dos son los componentes centrales del concepto de funcionario público a efectos penales: el título habilitante de incorporación a la Administración pública y el ejercicio del cargo público. Desde esta perspectiva doctrinaria, se aborda el problema de la determinación del momento en que se adquiere el estatus de funcionario público en los casos de funcionarios por elección popular. Finalmente, la presente investigación desarrolla con detalle la problemática del «funcionario de hecho o de facto», apoya la ilegitimidad del concepto por no tener amparo legal y lo distingue del caso de la usurpación de funciones. Situación distinta es la del funcionario público con título irregular.<hr/>ABSTRACT This article addresses the concept of a public official in criminal law, the content and scope of which constitutes one of the central topics of contemporary legislation. Modern criminal doctrine has developed an autonomous penal concept of public official, which is not limited to the parameters of labor administrative law and has been reflected in Article 425 of the Penal Code in Peru. Two central components define the concept of a public official for criminal purposes: the enabling title for incorporation into the public administration and the exercise of public office. From this doctrinal perspective, the article discusses the issue of determining the moment at which the status of public official is acquired in cases of officials elected by popular vote. Finally, this research details the problematic nature of the “de facto public official,” supporting the illegitimacy of the concept due to the lack of legal backing and distinguishing it from the case of usurpation of functions. The situation is different for public officials with irregular titles.<hr/>RESUMO Este artigo trata do conceito de funcionário público no direito penal, cujo conteúdo e escopo é uma das questões centrais da legislação contemporânea. A dogmática penal moderna desenvolveu um conceito penal de funcionário público autônomo, que não se limita aos parâmetros do direito administrativo do trabalho e que, no Peru, foi incorporado no artigo 425 do Código Penal. Há dois componentes centrais do conceito de funcionário público para fins penais: a qualificação de incorporação à administração pública e o exercício do cargo público. A partir dessa perspectiva doutrinária, é abordado o problema de determinar o momento em que o status de funcionário público é adquirido no caso de funcionários eleitos pelo povo. Por fim, esta pesquisa desenvolve em detalhes o problema do “funcionário de fato ou agente de fato”, sustenta a ilegitimidade do conceito porque ele não tem proteção legal e o distingue do caso de usurpação de funções. Uma situação diferente é a de um funcionário público com um título irregular. <![CDATA[30 years of justice system reform and economic rationality]]> http://www.scielo.org.pe/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2663-91302024000200319&lng=en&nrm=iso&tlng=en RESUMEN El sistema de justicia peruano ha sido reformado durante más de treinta años. Sin embargo, los indicadores más relevantes no parecen haber mejorado. En este artículo, atribuimos este fracaso al enfoque de las reformas, que se han basado en la elección de jueces y fiscales, la organización del sistema de justicia, los aspectos procesales y, en su gran mayoría, han constituido «metarreformas» en las que se han vuelto a revisar reformas anteriores y se han dado soluciones semejantes a las ya conocidas, con la esperanza de que —esta vez— sí sean bien implementadas. Sobre la base de lo anterior, proponemos que la reforma del sistema de justicia se realice incorporando la perspectiva económica o de mercado, a fin de alinear los incentivos de jueces y fiscales con los de la sociedad.<hr/>ABSTRACT The Peruvian justice system has undergone reforms for over thirty years. However, key indicators do not seem to have improved. In this article, we attribute this failure to the focus of the reforms, which have primarily centered on the selection of judges and prosecutors, the organization of the justice system, and procedural aspects. Most of these reforms have constituted overarching reforms revisiting previous reforms and offering solutions similar to those already tried, with the hope that —this time— they will be implemented effectively. Based on this, we propose that justice system reform should incorporate an economic or market perspective to better align the incentives of judges and prosecutors with those of society.<hr/>RESUMO O sistema de justiça peruano está reformado há mais de trinta anos. No entanto, os indicadores mais relevantes não parecem ter melhorado. Neste artigo, atribuímos esse fracasso ao foco das reformas, que se basearam na eleição de juízes e promotores, na organização do sistema de justiça, em aspectos processuais e, em sua maior parte, constituíram “metarreformas”, nas quais foram revisitadas reformas anteriores e soluções semelhantes às já conhecidas, na esperança de que - desta vez - sejam bem implementadas. Com base no exposto, propomos que a reforma do sistema judiciário seja realizada incorporando a perspectiva econômica ou de mercado, a fim de alinhar os incentivos dos juízes e promotores com os da sociedade. <![CDATA[History of law in Latin America. Transition to the Republic]]> http://www.scielo.org.pe/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2663-91302024000200339&lng=en&nrm=iso&tlng=en RESUMEN El presente artículo ofrece un análisis exhaustivo de la evolución jurídica en la transición de las colonias a repúblicas independientes en la región. Se profundiza en los desafíos y los conflictos inherentes a este proceso, incluyendo la lucha por la autonomía, la consolidación de sistemas políticos y de organización, junto con la reconfiguración de estructuras legales dejadas por el colonialismo. Además, se resaltan momentos cruciales como la emergencia de nuevas naciones, la consolidación de instituciones que mejoraron la aplicación del derecho en dichas sociedades. Este estudio proporciona una base sólida para comprender la situación actual del derecho en Latinoamérica, anclado en la historia del derecho durante la transición a la República. Asimismo, ofrece reflexiones pertinentes sobre el futuro del sistema jurídico en la región, enraizadas en las lecciones históricas aprendidas durante este crucial período de transformación política y legal.<hr/>ABSTRACT This article provides a comprehensive analysis of the legal evolution during the transition from colonies to independent republics in the region. It delves into the challenges and conflicts inherent to this process, including the struggle for autonomy, the consolidation of political and organizational systems, along with the rearrangement of legal structures left by colonialism. Furthermore, it highlights crucial moments such as the emergence of new nations and the consolidation of institutions that improved the application of law in these societies. This study offers a solid foundation for understanding the current state of law in Latin America, anchored in the history of law during the transition to the Republic. It also provides relevant reflections on the future of the legal system in the region, rooted in the historical lessons learned during this critical period of political and legal transformation.<hr/>RESUMO Este artigo oferece uma análise abrangente dos desenvolvimentos jurídicos na transição de colônias para repúblicas independentes na região. Aprofunda-se nos desafios e conflitos inerentes a esse processo, incluindo a luta pela autonomia, a consolidação de sistemas políticos e organizacionais, juntamente com a reconfiguração de estruturas legais deixadas pelo colonialismo. Além disso, são destacados momentos cruciais como o surgimento de novas nações, a consolidação de instituições que melhoraram a aplicação do direito nessas sociedades. Este estudo fornece uma base sólida para a compreensão do estado atual do direito na América Latina, ancorado na história do direito durante a transição para a República. Da mesma forma, oferece reflexões pertinentes sobre o futuro do sistema jurídico na região, com base nas lições históricas aprendidas durante esse período crucial de transformação política e jurídica. <![CDATA[The Criminal Procedural Program in 19th-century Constitutions: A brief historical review of jury trials in Peru]]> http://www.scielo.org.pe/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2663-91302024000200373&lng=en&nrm=iso&tlng=en RESUMEN El proceso penal se construye a partir de la Constitución. La regulación legal que se le otorga no es independiente, sino que surge indefectiblemente de la norma capital del Estado. Es precisamente en este instrumento que se recoge el marco de principios generales que es a partir del que se sancionan las reglas específicas que rigen al proceso penal en una nación. A esta médula teórica se le denomina en la doctrina hispanoamericana Programa procesal penal de la Constitución, y en la portuguesa Constitución procesal penal. Nace en la década de los ochenta, con el cambio de paradigma de la Constitución española de 1978. Es, posteriormente, sometida a debate en el Perú con la Constitución de 1993. En tal sentido, es lógico que no existan trabajos de investigación dirigidos a analizar el programa procesal penal histórico en las constituciones nacionales. Así, con este manuscrito se pretende conocer parte del programa procesal penal que se gestó durante el siglo XIX en el Perú, y se hará un especial énfasis en la institución del juicio por jurados, escasamente abordado por la doctrina nacional por su ineficaz planteamiento durante tal época. No pretende este texto formular un análisis exhaustivo, sino una aproximación a los conceptos de programa procesal penal de la Constitución y al juicio por jurados, que permita difundir su investigación y su análisis histórico.<hr/>ABSTRACT The criminal process is built upon the Constitution. Its legal regulation is not independent but arises inevitably from the fundamental norm of the State. It is precisely within this instrument that the general framework of principles is established, from which the specific rules governing the criminal process in a nation are derived. This theoretical core is referred to in Hispanic-American doctrine as the Procedural Criminal Program of the Constitution, and in Portuguese doctrine as the Procedural Criminal Constitution. It emerged in the 1980s, coinciding with the paradigm shift brought by the Spanish Constitution of 1978, and was later debated in Peru with the 1993 Constitution. In this context, it is logical that there are no research studies aimed at analyzing the historical procedural criminal program in national constitutions. Thus, this manuscript seeks to explore part of the procedural criminal program that developed during the 19th century in Peru, with a particular focus on the institution of trial by jury, a topic rarely addressed by national doctrine due to its ineffective implementation during that period. This text does not aim to provide an exhaustive analysis but rather an introduction to the concepts of the procedural criminal program of the Constitution and trial by jury, intended to promote their investigation and historical analysis.<hr/>RESUMO O processo penal é baseado na Constituição. A regulamentação legal concedida não é independente, mas decorre infalivelmente da norma de capital do estado. É precisamente nesse instrumento que a estrutura de princípios gerais é estabelecida, a partir da qual as regras específicas que regem o processo penal em uma nação são sancionadas. Esse núcleo teórico é chamado de Programa processual penal da Constituição na doutrina latino-americana e, na doutrina portuguesa, de Constituição processual penal. Ele nasceu na década de 1980, com a mudança de paradigma da Constituição espanhola de 1978. Posteriormente, ela foi debatida no Peru com a Constituição de 1993. Nesse sentido, é lógico que não há nenhum trabalho de pesquisa destinado a analisar o programa processual penal histórico nas constituições nacionais. O objetivo deste manuscrito é fornecer uma visão de parte do programa processual penal desenvolvido durante o século XIX no Peru, com ênfase especial na instituição do julgamento por jurados, que quase não foi abordada pela doutrina nacional devido à sua abordagem ineficaz durante esse período. Este texto não pretende ser uma análise exaustiva, mas sim uma abordagem dos conceitos do programa processual penal da Constituição e do julgamento por jurados, o que permitirá a divulgação de sua pesquisa e análise histórica. <![CDATA[The refusal of the victim's family to testify in the trial]]> http://www.scielo.org.pe/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2663-91302024000200411&lng=en&nrm=iso&tlng=en RESUMEN La importancia de la declaración de la víctima en el proceso penal peruano tiene tal envergadura que ha sido materia de pronunciamiento por la Corte Suprema de Justicia del Perú. El Acuerdo Plenario n.o 2-2005/CJ-116 instituyó que la declaración de la víctima debe pasar por un filtro —indicadores de veracidad— para ser considerada una prueba válida de cargo y suficiente para enervar la presunción de inocencia del acusado. Se tiene que el Acuerdo Plenario n.o 5-2016/CJ-116 reitera que en la declaración de la víctima en los delitos de violencia contra la mujer e integrantes del grupo familiar se deben aplicar los indicadores de veracidad, ello luego ha sido legalizado en el Reglamento de la Ley n.o 30364, Ley para prevenir, sancionar y erradicar la violencia contra las mujeres y los integrantes del grupo familiar, Decreto Supremo n.o 009-2016-MIMP, de fecha 27 de julio de 2016. Por otro lado, el derecho de abstención del testigo familiar del acusado es un precepto legal y tiene raíces constitucionales; sin embargo, en muchos casos ese familiar llamado a juicio oral para testificar se trata de la propia víctima. Entonces, cabe preguntarse si es admisible que dicho testigo-víctima se abstenga de declarar. La temática abordada contiene una impresión de problemática procesal penal, empero, existe un trasfondo más delicado, esto es, la finalidad del derecho procesal penal. Las reflexiones que se edificaron fueron a partir de un pragmatismo judicial que pretende viabilizar la búsqueda de la verdad y, por ende, el acercamiento de la justicia.<hr/>ABSTRACT The importance of the victim’s testimony in the Peruvian criminal process is so significant that it has been addressed by the Supreme Court of Justice of Peru. Plenary Agreement No. 2-2005/CJ-116 established that the victim’s testimony must pass through a filter—truthfulness indicators—to be considered valid evidence capable of undermining the presumption of innocence of the defendant. Plenary Agreement No. 5-2016/CJ-116 reiterates that in cases of violence against women and family members, the truthfulness indicators must be applied to the victim’s testimony. This has subsequently been legalized in the Regulations of Law No. 30364, Law to Prevent, Punish, and Eradicate Violence against Women and Family Members, Supreme Decree No. 009-2016-MIMP, dated July 27, 2016. On the other hand, the right of refusal of the defendant’s family witness is a legal provision with constitutional roots; however, in many cases, that family member called to testify in the oral trial is the victim themselves. Thus, it raises the question of whether it is permissible for such a witness-victim to abstain from testifying. The issues discussed contain a sense of procedural criminal problematic; however, there is a more delicate underlying issue, which is the purpose of criminal procedural law. The reflections developed were based on judicial pragmatism that aims to facilitate the pursuit of truth and, therefore, the approach to justice.<hr/>RESUMO A importância da declaração da vítima nos processos criminais peruanos é tão grande que foi objeto de uma decisão da Suprema Corte de Justiça do Peru. O Acordo Plenário no 2-2005/CJ-116 instituiu que a declaração da vítima deve passar por um filtro - indicadores de veracidade - para ser considerada prova válida de acusação e suficiente para derrubar a presunção de inocência do acusado. O Acordo Plenário no 5-2016/CJ-116 reitera que os indicadores de veracidade devem ser aplicados à declaração da vítima em crimes de violência contra a mulher e membros do grupo familiar, o que foi legalizado no Regulamento da Lei no 30364, Lei para prevenir, punir e erradicar a violência contra a mulher e membros do grupo familiar, Decreto Supremo no 009-2016-MIMP, de 27 de julho de 2016. Por outro lado, o direito de abstenção da testemunha que é parente do acusado é um preceito legal e tem raízes constitucionais; entretanto, em muitos casos, o parente chamado a julgamento no tribunal é a própria vítima. Surge então a questão de saber se é admissível que essa testemunha-vítima se abstenha de depor. O assunto deste documento contém uma impressão de problemas processuais penais, mas há um pano de fundo mais delicado, ou seja, o objetivo do direito processual penal. As reflexões construídas foram baseadas em um pragmatismo judicial que busca viabilizar a busca da verdade e, portanto, a abordagem da justiça. <![CDATA[Ética profesional. Análisis desde el quehacer psicojurídico ecuatoriano]]> http://www.scielo.org.pe/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2663-91302024000200431&lng=en&nrm=iso&tlng=en RESUMEN En la actualidad, donde la palabra corrupción está ligada comúnmente a la falta de valores éticos y morales, así como al deseo desbordado del ser humano de tener por encima de ser, muchos abrigamos la esperanza del despertar, a la luz de la ética y la conciencia, pues sabemos que en medio de tanta violencia estructural algo no está bien en la sociedad. En este sentido, la labor profesional del psicólogo perito no está libre de ser corruptible, mucho más cuando se desconocen los sustentos teóricos que puedan respaldar u orientar el trabajo en el ámbito forense. Con este artículo aspiramos a generar autocrítica en el profesional psicólogo perito, de tal suerte que a la luz de los principios éticos se motive a generar un aprendizaje social significativo, a partir del descubrimiento de sus nudos críticos, con el compromiso de mejorarlos para lograr avanzar en ese aspecto y lograr intervenciones psicojurídicas que no respondan a sesgos o prejuicios personales sino a una perspectiva más objetiva, más técnica y obviamente ética.<hr/>ABSTRACT In today’s world, where the word corruption is commonly associated with a lack of ethical and moral values, as well as the overwhelming human desire to have rather than to be, many of us hold on to the hope of awakening to the light of ethics and conscience, knowing that amidst so much structural violence, something is fundamentally wrong in society. In this context, the professional work of forensic psychologists is not exempt from being corruptible, especially when theoretical foundations that could support or guide their work in the forensic field are lacking. This article aims to encourage self-criticism among forensic psychologists so that, guided by ethical principles, they are motivated to foster meaningful social learning. This involves identifying critical challenges in their practice and committing to improving them to advance in this regard, achieving psycho-legal interventions that are not driven by personal biases or prejudices but rather by a more objective, technical, and, above all, ethical perspective.<hr/>RESUMO Hoje, em que a palavra corrupção é comumente associada à falta de valores éticos e morais, bem como ao desejo humano desenfreado de ter acima do ser, muitos de nós esperamos um despertar à luz da ética e da consciência, pois sabemos que, em meio a tanta violência estrutural, algo não está certo na sociedade. Nesse sentido, o trabalho profissional do psicólogo perito não está livre de ser corrompido, especialmente quando os fundamentos teóricos que podem apoiar ou orientar o trabalho no campo forense são desconhecidos. Com este artigo, pretendemos gerar uma autocrítica no profissional psicólogo perito, de modo que, à luz dos princípios éticos, ele seja motivado a gerar uma aprendizagem social significativa, com base na descoberta de seus nós críticos, com o compromisso de melhorá-los para progredir nesse aspecto e realizar intervenções psico-jurídicas que não respondam a vieses ou preconceitos pessoais, mas a uma perspectiva mais objetiva, mais técnica e obviamente ética. <![CDATA[Possibilities of conflict management using artificial intelligence in Latin American justice administration systems]]> http://www.scielo.org.pe/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2663-91302024000200449&lng=en&nrm=iso&tlng=en RESUMEN Los sistemas de administración de justicia latinoamericanos se enmarcan en un contexto global cambiante, caracterizado por transformaciones dinámicas desde la tecnología y con el uso de la inteligencia artificial. Y aunque el ejercicio profesional del derecho ha estado un tanto al margen de la adopción de estos avances tecnológicos, resulta relevante analizar desde los debates iusteóricos las posibilidades de implementar la inteligencia artificial para la gestión de situaciones conflictivas que exigen gestión desde la labor judicial. Así, es posible considerar que la inteligencia artificial tiene cinco niveles de complejidad, iniciando por sistemas reactivos y llegando a modelos holísticos que aún no han sido materializados. En consecuencia, en las condiciones actuales de la tecnología, la inteligencia artificial estaría en la capacidad de conocer, gestionar y decidir casos con bajos niveles de dificultad, mientras que los casos de complejidad avanzada aún requieren de la intervención humana. En ese sentido, este artículo constituye un marco hermenéutico para entender cómo vincular la inteligencia artificial desde sus diferentes niveles en la gestión de casos con variados niveles de dificultad. Para ello se acoge un enfoque de investigación crítico, marcadamente cualitativo y fundamentado en revisión documental.<hr/>ABSTRACT Latin American justice administration systems operate within a changing global context characterized by dynamic technological transformations and the use of artificial intelligence. Although the legal profession has somewhat lagged in adopting these technological advancements, it is crucial to analyze, from ius-theoretical debates, the possibilities of implementing artificial intelligence in managing conflictive situations that require judicial intervention. Thus, it is possible to consider that artificial intelligence encompasses five levels of complexity, ranging from reactive systems to holistic models that have yet to be realized. Consequently, under current technological conditions, artificial intelligence could manage and resolve cases with low levels of complexity, while cases of advanced complexity still require human intervention. In this sense, this article provides a hermeneutic framework for understanding how to incorporate artificial intelligence at different levels into the management of cases with varying degrees of difficulty. To this end, it adopts a critical research approach, predominantly qualitative and grounded in documentary review.<hr/>RESUMO Os sistemas de administração de justiça da América Latina estão enquadrados em um contexto global em mudança, caracterizado por transformações dinâmicas da tecnologia e do uso da inteligência artificial. E, embora o exercício profissional do direito tenha ficado um pouco à margem da adoção desses avanços tecnológicos, é relevante analisar as possibilidades de implementação da inteligência artificial para a gestão de situações conflituosas que exijam o gerenciamento do trabalho judicial. Assim, é possível considerar a inteligência artificial como tendo cinco níveis de complexidade, desde sistemas reativos até modelos holísticos que ainda não se concretizaram. Consequentemente, nas condições tecnológicas atuais, a inteligência artificial seria capaz de conhecer, gerenciar e decidir casos com baixos níveis de dificuldade, enquanto os casos de complexidade avançada ainda exigem intervenção humana. Nesse sentido, este artigo constitui uma estrutura hermenêutica para entender como vincular a inteligência artificial a partir de seus diferentes níveis no gerenciamento de casos com diferentes níveis de dificuldade. Para isso, é utilizada uma abordagem de pesquisa qualitativa e crítica baseada em uma análise documental. <![CDATA[Artificial intelligence in justice: Protocols for the submission and assessment of AI-generated digital evidence]]> http://www.scielo.org.pe/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2663-91302024000200475&lng=en&nrm=iso&tlng=en RESUMEN La integración de la inteligencia artificial (IA) en el derecho penal marca un progreso significativo con amplias implicaciones en la gestión de pruebas digitales en los procesos judiciales. La IA proporciona herramientas que pueden mejorar la eficacia, la calidad y la transparencia de la justicia penal, al mismo tiempo que plantea desafíos éticos y legales que necesitan ser abordados con cautela. En efecto, la incorporación de algoritmos y sistemas de IA puede contribuir a establecer criterios más objetivos y coherentes en la toma de decisiones. Es de vital importancia analizar a fondo las implicaciones éticas y legales al integrar la IA en el proceso penal, para asegurar la salvaguarda de los derechos fundamentales y el respeto a la presunción de inocencia, puesto que la protección de los derechos individuales y la responsabilidad de los sistemas automatizados son elementos críticos que deben ser considerados al establecer un marco normativo claro, que regule el uso de la inteligencia artificial en el proceso penal. Asimismo, los algoritmos de IA deben seguir principios básicos como el in dubio pro reo, y los jueces deben tener la capacidad de apartarse de las recomendaciones de la IA si justifican adecuadamente sus decisiones, manteniendo un equilibrio entre la automatización y la discreción judicial. Es esencial comprender que la IA no pretende reemplazar la labor del juez humano, sino más bien complementarla como un recurso de apoyo para asegurar una justicia efectiva y equitativa en la era digital.<hr/>ABSTRACT The integration of artificial intelligence (AI) into criminal law marks a significant advancement with broad implications for the management of digital evidence in judicial proceedings. AI provides tools that can enhance the efficiency, quality, and transparency of criminal justice, while also posing ethical and legal challenges that need to be addressed with caution. In fact, the incorporation of algorithms and AI systems can contribute to establishing more objective and consistent criteria in decision-making. It is crucial to thoroughly analyze the ethical and legal implications when integrating AI into criminal processes, ensuring the protection of fundamental rights and respect for the presumption of innocence. The safeguarding of individual rights and the responsibility of automated systems are critical elements that must be considered when establishing a clear regulatory framework governing the use of artificial intelligence in criminal proceedings. Moreover, AI algorithms must adhere to basic principles such as in dubio pro reo, and judges must have the ability to depart from AI recommendations if they adequately justify their decisions, maintaining a balance between automation and judicial discretion. It is essential to understand that AI is not intended to replace the role of the human judge but rather to complement it as a support tool to ensure effective and equitable justice in the digital age.<hr/>RESUMO A integração da inteligência artificial (IA) ao direito penal marca um desenvolvimento significativo com implicações abrangentes para o gerenciamento de provas digitais em processos judiciais. A IA fornece ferramentas que podem melhorar a eficiência, a qualidade e a transparência da justiça criminal, ao mesmo tempo em que levanta desafios éticos e legais que precisam ser abordados com cautela. De fato, a incorporação de algoritmos e sistemas de IA pode ajudar a estabelecer critérios mais objetivos e consistentes para a tomada de decisões. É de vital importância analisar minuciosamente as implicações éticas e jurídicas da integração da IA ao processo criminal, garantindo a salvaguarda dos direitos fundamentais e o respeito à presunção de inocência, pois a proteção dos direitos individuais e a responsabilidade dos sistemas automatizados são elementos essenciais que devem ser considerados ao estabelecer uma estrutura regulatória clara que regule o uso da inteligência artificial no processo criminal. Além disso, os algoritmos de IA devem seguir princípios básicos, como o in dubio pro reo, e os juízes devem ter a capacidade de se afastar das recomendações da IA se justificarem adequadamente suas decisões, mantendo um equilíbrio entre a automação e a discrição judicial. É essencial entender que a IA não se destina a substituir o trabalho do juiz humano, mas sim a complementá-lo como um recurso de apoio para garantir uma justiça eficaz e justa na era digital. <![CDATA[The application of artificial intelligence in constitutional processes for the protection of fundamental rights]]> http://www.scielo.org.pe/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2663-91302024000200499&lng=en&nrm=iso&tlng=en RESUMEN En el presente artículo se busca hacer una reflexión en razón a la implementación de la inteligencia artificial en los procesos constitucionales, en específico a los procesos de amparo y habeas corpus contra resoluciones judiciales, y con ello, la aporía que significaría tal fin, en la medida que en la actualidad resulta una tarea compleja para los accionantes la determinación de la afectación a los derechos fundamentales en su contenido constitucionalmente protegido en los procesos judiciales ordinarios. Ello supone que dichos procesos al ser constitucionalizados no lleguen a merecer una sentencia fundada, pues en muchos de los casos la improcedencia se convierte en un factor determinante. Bajo tal perspectiva, es interesante preguntarnos ¿sería efectiva la implementación de la inteligencia artificial para la resolución de los procesos constitucionales que cuestionen resoluciones judiciales, desde la perspectiva de la defensa de los derechos fundamentales y la tutela procesal efectiva? Responder dicha pregunta supone poner de manifiesto la relación entre el derecho y la inteligencia artificial (IA) e identificar los problemas en los procesos constitucionales señalados a efectos de verificar si la IA se convierte en la respuesta al problema existente.<hr/>ABSTRACT This article aims to reflect on the implementation of artificial intelligence in constitutional processes, specifically in amparo and habeas corpusproceedings against judicial rulings, and the aporia that such an approach would entail, given that it is currently a complex task for claimants to determine the violation of constitutionally protected fundamental rights within ordinary judicial processes. This implies that when such processes are constitutionalized, they may fail to merit a substantiated judgment, as inadmissibility often becomes a decisive factor. From this perspective, an intriguing question arises: Would the implementation of artificial intelligence be effective in resolving constitutional processes that challenge judicial decisions, particularly from the standpoint of protecting fundamental rights and ensuring effective procedural safeguards? Answering this question requires examining the relationship between law and artificial intelligence (AI) and identifying the issues within the mentioned constitutional processes to assess whether AI could provide a solution to the existing problem.<hr/>RESUMO O presente artigo busca refletir sobre a implementação da inteligência artificial nos processos constitucionais, especificamente os processos de amparo e habeas corpus contra decisões judiciais, e com isso, a aporia que esse fim significaria, na medida em que na atualidade é tarefa complexa para os autores determinar a efetivação dos direitos fundamentais em seu conteúdo constitucionalmente protegido nos processos judiciais ordinários. Isso significa que esses processos, quando constitucionalizados, não merecem uma sentença fundamentada, uma vez que em muitos casos a inadmissibilidade se torna um fator determinante. Nessa perspectiva, é interessante nos perguntarmos se a implementação da inteligência artificial seria efetiva para a resolução de processos constitucionais que questionam decisões judiciais, sob a ótica da defesa dos direitos fundamentais e da efetiva proteção processual? Responder a essa pergunta significa destacar a relação entre o direito e a inteligência artificial (IA) e identificar os problemas nos processos constitucionais indicados para verificar se a IA se torna a resposta para o problema existente.