Objetivo:

Descrever as lesões nos tecidos dentários e os distúrbios de saúde oral encontrados durante o exame médico ocupacional em trabalhadores do sector da construção em Lima, Peru.

Material e métodos:

Foi realizado um estudo epidemiológico transversal em 150 trabalhadores do sector da construção, selecionados por amostragem aleatória simples. Foi realizada uma avaliação de estomatologia por observação direta e foi utilizado um instrumento de avaliação dentária ocupacional com índices de cárie dentária, gravidade da cárie e traumatismo dentário e indicadores das consequências clínicas da cárie não tratada (patologia pulpar) e lesões não cariosas.

Resultados:

A experiência de cárie dos operadores sem ensino superior (CPOD = 14,99) e com ensino superior (CPOD = 13,06) foi maior em comparação com os supervisores (CPOD = 8,23) e trabalhadores administrativos (CPOD = 5,08). Os operadores sem ensino superior (SiC = 18,04) e com ensino superior (SiC = 17,17) apresentaram piores indicadores de significância da cárie quando comparados aos supervisores (SiC = 13,67) e aos funcionários administrativos (SiC = 8,25). Além disso, os operadores sem ensino superior apresentaram maior carga de consequências clínicas da cárie não tratada (PUFA = 2,35; severidade = 9,2%) em relação aos operadores com ensino superior (PUFA = 1,91; severidade = 8,4%), supervisores (PUFA = 0,53; severidade = 2,1%) e administradores (PUFA = 0,46; severidade = 1,8%), bem como maior frequência de lesões não cariosas (47,3%) e traumatismos dentários (21,3%).

Conclusões:

A saúde dentária, as suas consequências clínicas e a estrutura dos tecidos dentários dos operários de uma empresa de construção civil são mais afetadas em comparação com os outros grupos de trabalho da mesma empresa.

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