Servicios Personalizados
Revista
Articulo
Indicadores
- Citado por SciELO
Links relacionados
- Similares en SciELO
Compartir
Contratexto
versión impresa ISSN 1025-9945versión On-line ISSN 1993-4904
Resumen
GOMEZ GABRIEL, Núria. Espectropolítica: imagem e hauntologia na cultura visual contemporânea. Contratexto [online]. 2020, n.34, pp.153-176. ISSN 1025-9945. http://dx.doi.org/10.26439/contratexto2020.n034.4871.
No seu livro Espectros de Marx, Jacques Derrida propõe o termo espectrologia (hauntologie) como um giro epistemológico dedicado a pensar as formas em que a tecnologia materializa a memória, aquele que parte da premissa de que nada possui uma existência puramente positiva e de que, como nos recorda o crítico musical Mark Fisher em suas reflexões sobre a depressão, tudo o que existe é possível unicamente sobre a base de uma série de ausências que o precedam, rodeiem e lhe permitam possuir consistência e inteligibilidade. Este artigo apresenta o conceito de espectropolíticas com a finalidade de observar como determinados eventos próprios do capitalismo tardio e as abstrações financeiras reverberam na psique coletiva e transformam-se em aparições espectrais. Longe de uma compreensão do fantasma obscurantista como algo real, entendemos sua presença como um sinal ou uma metáfora da visão que age como uma figura esclarecedora com um potencial especificamente ético e político. Da mesma forma, as novas materialidades da visualidade fugaz, fugitiva e subjetiva do nosso presente (dominado pela Internet e pelos processos de privatização psíquica), nos questionam sobre as coletividades que se organizam nos modos de ver das sociedades contemporâneas e nas pisadas das estruturas de poder que subjazem nelas.
Palabras clave : cinema; cultura visual; espectropolíticas; tele-tecnologia; tecno-tele-discursividade.