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Contratexto
versión impresa ISSN 1025-9945versión On-line ISSN 1993-4904
Resumen
SANTANDER HERRERA, Rubén. A trollagem no esquema da prática política. Contratexto [online]. 2021, n.35, pp.91-111. ISSN 1025-9945. http://dx.doi.org/10.26439/contratexto2021.n035.5034.
No No Chile, figuras públicas influentes estão utilizando cada vez mais os meios de comunicação social para acusar as redes sociais de serem um perigo para a democracia e para caracterizar os seus usuários como intolerantes e destrutivos. Este ensaio define esse comportamento conhecido como trolling ou trollagem, delimitando as suas características constitutivas para situar o fenómeno como uma prática política independente da suposta agenda dos trolls, de uma subcultura particular ou de um momento histórico ou tecnologia específica. Para dar conta da ubiquidade histórica da trollagem, utilizamos um texto jornalístico de Karl Marx. Da conceptualização de Rancière (2006) da crítica política e de Fraser (1999) a Habermas, defendemos que a função da trollagem é dar corpo a uma pretensão de modificar a partilha do sensível através da imposição de novas oposições de termos, deslocando ou minando o quadro de um discurso. Neste sentido, a trollagem é uma prática política potencialmente emancipatória. O objetivo deste ensaio não é valorizar a trollagem em termos éticos, mas colocá-lo em referência aos seus usos, possibilidades e relações, e sugerir critérios para o julgar como um objeto ao qual é possível se aproximar na perspectiva da comunicação política.
Palabras clave : trollagem; Chile; democracia; prática política; redes sociais.